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Transtorno Alimentar

 

Os transtornos alimentares têm causas diversas, mas com uma base nas relações sociais e a cobrança por uma imagem que é considera bonita ou perfeita.

Pesquisas mostram que os transtornos alimentares ocorrem com maior frequência em mulheres jovens, que demonstra o forte impacto da pressão social por manter um corpo magro, para ser considerado bom e bonito.

Os estímulos e as cobranças sociais se unem a uma característica de baixa auto estima e assim pode se estabelecer o início do transtorno, em busca de auto-aceitação e aceitação social a pessoa começa a buscar formas de emagrecer e a sua necessidade vai sendo cada vez maior, passando a não reconhecer a sua real forma, tendo uma imagem distorcida da própria aparência.

Anorexia: esse transtorno tem como característica a distorção da imagem física, o medo descontrolado de ganhar peso e a diminuição da ingestão de alimentos. Nesse processo a pessoa começa a restringir alguns tipos de alimentos, porém a preocupação vai aumentando e a restrição ficando cada vez maior, o peso tende a ir caindo até ficar abaixo do esperado para sua idade e altura, essa perda de peso é vista como disciplina e sucesso e qualquer ganha de peso como indisciplina e fracasso.É comum a pesagem frequente, a conferência da imagem no espelho insistentemente e muitas vezes um controle obsessivo das medidas onde se considera acumular gordura.   

Bulimia: As características da bulimia são bem parecidas com a anorexia, no que se diz respeito a distorção da imagem física e o medo de ganhar peso, porém não tende a ocorrer uma perda de peso grande o que dificulta a identificação do transtornos pelas pessoas próximas. A pessoa tenta um controle alimentar porém tende a ter momentos de compulsão, comendo excessivamente, seguido por uma sensação de culpa, na tentativa de evitar o ganho de peso busca uma compensação que pode variar entre a ingestão de grandes quantidades de laxante, a provocação do vômito ou a prática de exercício físico excessivo. Esse comportamentos devem ter uma frequência de no mínimo 2 vezes por semana por cerca de 3 meses para ser realizado o diagnóstico da bulimia.

Compulsão Alimentar: Nesse transtorno a pessoa tem episódios de alimentação sem controle e só consegue parar após desconforto físico, mesmo não sentindo fome ela busca se alimentar e perde o controle da quantidade, se alimenta de forma mais rápida do que o normal, normalmente sozinha pois se sente envergonhada e culpada, além de se mostrar depressivo após os episódios de compulsão.  A diferença para bulimia é que não ocorre uma ação para tentar eliminar o alimento após a compulsão, além de uma preocupação menor com a imagem. A sensação de culpa e tristeza após o episódio dente aumentar a possibilidade de novos episódios. Para se caracterizar o transtorno, os episódios tem que ocorrer pelo menos 2 vezes por semana e por um período de 6 meses. O transtorno de compulsão alimentar é mais comum em pessoas que estão buscando uma mudança alimentar e na obesidade.

Os transtornos alimentares precisam de tratamento multidisciplinar, com psiquiatra na busca por medicação para controle da ansiedade e dos processos depressivos, com nutricionista para buscar uma reeducação alimentar, com psicólogo para ressignificar a alimentação, a auto-imagem, fortalecer a auto-estima e tratar os processos de ansiedade e depressão, além de um acompanhamento do profissional de educação física, buscando a atividade física para promover a saúde e o bem estar da pessoa.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Psicologia Escolar: O papel do psicólogo na escola

 

O psicólogo pode estar presente no ambiente escolar, auxiliando de diversas maneiras para um bom aprendizado, um bom desenvolvimento e um bom ambiente tanto com os alunos, como com os professores.  

Com os alunos:

  • A convivência com os alunos possibilita o psicólogo perceber sinais de problemas psicológicos, podendo intervir, buscar os responsáveis e encaminhar para tratamentos em casos que se perceba a  necessidade de intervenções.

  • O psicólogo pode intervir e auxiliar a solução de conflitos, desenvolvendo nos alunos maturidade emocional para soluções de problemas através do diálogo e da exposição dos sentimentos de forma inteligente e eficaz para compreensão do outro.

  • O desenvolvimento emocional através de aconselhamento  e orientação, o psicólogo estará disponível aos alunos, que podem procurá-lo para contar questões pessoais, dificuldades na aprendizagem, problemas no controle emocional como a ansiedade em dias de prova, sendo acolhidos e conhecendo novas formas de lidar com os problemas desenvolvendo a inteligência emocional.

  • Desenvolvimento das habilidades sociais, a convivência no ambiente escolar traz para crianças e adolescentes a primeira socialização e o psicólogo pode atuar compreendendo esse processo, orientando para que os alunos tenham mais atitudes conscientes e positivas, aumentando a possibilidade de um desenvolvimento social amplo e assertivo em todos os âmbitos da realidade dele.

Com os Professores:

  • A psicologia auxilia na compreensão das etapas do desenvolvimento, trazendo para os professores mais elementos para elaboração do currículo de acordo com a etapa vivenciada pelos alunos.

  • No desenvolvimento reconhecendo a individualidade, os professores têm um grande desafio, pois em uma sala existem diversos perfis que influenciam na maneira de aprender e desenvolver suas habilidades e o psicólogo pode auxiliar o professor a compreender e desenvolver técnicas para lidar com cada um.

  • Disciplina positiva, auxiliando o professor a trabalhar a disciplina de forma positiva e não repressiva.

  • Ajudar os professores a desenvolver técnicas de estímulo a aprendizagem e avaliação que despertem maior interesse e colaboração dos alunos.

  • Desenvolvimento emocional, os professores possuem uma demanda alta, difícil e que muitas vezes causa problemas para a sua saúde e o psicólogo pode auxiliar esses momentos de maior estresse, orientando e acolhendo os professores nas dificuldades pessoais e profissionais.

O psicólogo escolar colabora para o desenvolvimento emocional do indivíduo, traz um ambiente de trabalho mais acolhedor para os professores e uma relação de colaboração de todos, pois se busca resoluções de conflitos de forma inteligente, respeitando as características, dificuldades e necessidades de cada indivíduo.

É importante pensarmos que na escola temos crianças e adolescentes em desenvolvimento e as questões emocionais vêm sendo deixadas de lado, quando podem e devem ser desenvolvidas junto a todo processo de aprendizagem  e socialização para que tenhamos adultos mais saudáveis emocionalmente e estáveis socialmente. Sendo que os profissionais da área da educação, principalmente os professores, também lidam com uma carga emocional muito alta para trabalhar esse desenvolvimento nos alunos e não recebem cuidados necessários para se manterem saudáveis emocionalmente nesse processo.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Ludoterapia

A ludoterapia é o atendimento psicológico infantil, pois conta com atividades lúdicas para que a criança possa se expressar e assim tratar as suas dificuldades.

Todo o processo de atendimento psicológico vai seguir as diretrizes da base teórica do profissional, temos diferentes técnicas e teorias na psicologia e o atendimento infantil não é diferente, nesse artigo vamos passar uma ideia geral de como acontece a radioterapia com base psicanalítica, sendo que existem outras técnicas com a mesma validade sendo apenas maneiras diferentes para atingir o mesmo objetivo.

O atendimento infantil normalmente é solicitado pela escola ou diretamente para os pais, pode ter diversas razões, como ansiedade, dificuldade de relacionamento, ciúmes e problemas com limites, é importante que exista uma comunicação entre quem solicita o acompanhamento e o psicólogo, além da participação da família.

A primeira sessão normalmente é realizada com os responsáveis sem a presença da criança, pois é importante compreender o que está levando a busca por acompanhamento, além de ser realizado uma anamnese com informações sobre os pais a gestação e os primeiros anos da criança, mesmo que seja uma criança pequena é importante ela não estar presente, pois os responsáveis ficam mais tranquilos e a criança não é exposta a uma situação constrangedora mesmo que aparentemente ela não entenda.

Também é importante a presença de ambos os pais, pois eles podem ter experiências e visões diferentes da criança e essas percepções podem ser importantes para o acompanhamento. Os responsáveis podem ir juntos ou separadamente, de acordo com a disponibilidade de horários e como eles se sentirão mais à vontade para esse processo.

Após a sessão com os responsáveis é iniciado o acompanhamento com a criança, no primeiro contato o psicólogo irá priorizar a entrada da criança sozinha na sala de terapia, para que se inicie o vínculo de confiança, porém dependendo da idade e da dificuldade da criança em estar sozinha com o terapeuta, pode se optar por iniciar a sessão com o responsável acompanhando, até a criança se sentir à vontade no ambiente e com o profissional.

A importância da criança estar sozinha nas sessões de terapia, é para que ela possa se expressar sem medo, a condução da terapia vai criando um ambiente de confiança e confidencialidade importante para o processo terapêutico.

Em ludoterapia as atividades são sempre voltadas para a idade da criança e as avaliações e intervenções são realizadas através das atividades lúdicas.

O brincar para criança é a melhor forma de expressão e é dessa forma que o psicólogo irá percebendo características de sua personalidade e auxiliando na mudança de comportamento necessárias para o seu desenvolvimento.   

Os responsáveis participam desse processo através de orientações realizada pelo psicólogo para que se possa entender as dificuldades da criança e onde o comportamento familiar pode auxiliar nessa evolução.

O psicólogo não irá relatar aos responsáveis tudo o que ocorre nas sessões, pois a relação de confiança precisa ser preservada, o psicólogo vai colocar o que entende ser importante para a colaboração dos responsáveis, sempre com a criança sabendo o que será a conversa com os pais. O psicólogo também pode incentivar a criança a se expressar diretamente aos pais para assim aprender a colocar seus sentimentos e se posicionar, tudo de acordo com sua idade e capacidade emocional.

Quando é solicitado uma avaliação psicológica pela escola ou os pais vão percebendo essa necessidade por alguma razão, a criança deve ser informada que irá para esse processo e os motivos que estão levando a isso, dentro da linguagem que é capaz de compreender, porém indicando que aquele processo será para ajudá-lo.

Crianças a partir dos 3 anos podem ser encaminhados para realizar ludoterapia e o psicólogo deve avaliar a real necessidade da criança realizar o processo ou se pode ser mais eficiente a terapia do responsável que irá auxiliar a compreender as dificuldades da criança e como agir em cada situação.

A ludoterapia avalia e auxilia a criança nas dificuldades de desenvolvimento ao mesmo tempo que orienta e auxilia os responsáveis em como lidar com aquela criança e com os comportamentos que trazem dificuldade.

Existem comportamentos considerados comuns para determinadas faixa etária e a ludoterapia não vai buscar uma maturidade precoce da criança, por isso a orientação dos responsáveis é indispensável para compreender e agir corretamente nessas situações.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Terapia de Casal

 

O processo terapêutico para casais tem o objetivo de tratar questões ligadas ao relacionamento, que pode ser voltado a questões amorosas ou a questões familiares.

Quando se fala em terapia de casal, normalmente as pessoa imaginam o momento de crise e o casal busca um terapeuta para dizer a eles quem está certo na situação, porém não é esse o papel da terapia.

O psicólogo que irá conduzir a terapia de casal precisa estabelecer uma relação de confiança com os dois e se manter isento, tentando clarear a comunicação entre o casal e ajudá-los a pensarem em caminhos únicos para seguirem.

Nas sessões de terapia de casal é importante sempre a presença dos dois para que um não se sinta prejudicado ou colocado em uma situação de enfrentamento, sem confiar no processo ou no terapeuta por entender que esse escolheu um lado para defender.

O relacionamento conjugal está rodeado de desafios, são pessoas com características de personalidades diferentes, que tiveram bases sociais diferentes, que construíram suas personalidades com bases em diferentes vivências e que precisam buscar no dia-a-dia realizar as coisas em comum acordo, seja referente aos sonhos, desejos ou tarefas.

A terapia de casal não irá definir se um relação deve continuar ou acabar, o papel da terapia é conseguir deixar claro o que se precisa modificar para que ambos se sintam satisfeito com a relação, a separação ou não do casal só pode ser decida por eles e também não indica o fracasso da terapia, pois uma decisão de separação também pode ser tomada de forma mais consciente e com menor dano para todos.

Durante o tempo de relacionamento, a rotina e as preocupações do casal, podem fazer com que um se afaste do outro, não estabelecendo mais a comunicação pela sensação do outro já saber tudo que eu gosto ou não e por isso deveria agir de acordo, porém é preciso compreender os diversos processos que isso implica, inclusive uma mudança natural pelo tempo que se passou.

A boa comunicação entre um casal diminuiu as pequenas discussões, que muitas vezes não tem nenhum teor de relevância a não ser a necessidade de se confirmar e essa deve ser a busca da terapia, melhorar a comunicação, compreender a verdadeira importância das situações e desenvolver a capacidade do casal em deixar a disputa do certo ou errado e passarem a pensar em soluções para cada incômodo gerado.

Para a terapia de casal ter um resultado efetivo, o casal precisa estar disposto a se ouvir, compreender que não existem soluções mágicas ou pré programadas, que a busca deve ser para um tipo de relação que funcione para os envolvidos, deixando satisfeitos com a relação e não existe nenhuma regra definida por terceiros para isso, entender que na terapia de casal não será tratado questões pessoais como ansiedade ou depressão e sim os problemas que estão estabelecidos na relação, para as questões pessoais é preciso buscar a terapia individual e que as discussões ocorridas na terapia tem a função de esclarecer e solucionar os problemas e é preciso expressar também em terapia quando alguma fala desagrada para que não seja guardado e utilizado posteriormente como algo ruim.

Todos podem fazer terapia de casal se percebem alguma dificuldade na relação, a terapia de casal e individual podem ser realizadas ao mesmo tempo sem nenhum prejuízo, de preferência por profissionais diferentes, ou seja uma psicóloga para o casal e psicólogas diferentes para a terapia individual de cada pessoa, porém pode ser realizada pelo mesmo profissional se todos se sentirem à vontade para esse processo.

Se você percebe dificuldade no relacionamento e tem o desejo de compreender melhor o processo da relação para assim solucionar os problemas de forma consciente e prolongada, busque esse auxílio que pode transformar a relação e recuperar a comunicação que está faltando.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Carência Afetiva

 

A carência afetiva é caracterizado pela necessidade constante do outro, onde a pessoa só se sente feliz ou amada se tiver uma atenção  praticamente ininterrupta das pessoas que o cerca.

A carência afetiva gera a extrema dependência emocional, são pessoas que muitas vezes não conseguem realizar nada sozinho , estão sempre cobrando atenção das outras, se mostram magoadas e triste com ações que a desagrada, de forma excessiva mesmo que não lhe atinja diretamente, se submete a coisas que não desejam por medo de ficar sozinhas, necessidade de sempre ser o centro das atenções para se sentir feliz e amada, ciúmes e controle excessivo em qualquer relação, amizade, relacionamento amoroso ou familiar.

A relação com uma pessoa emocionalmente dependente vai se tornando muito cansativa o que causa um afastamento, colaborando para a sensação do indivíduo de não ser amado e só ter pessoas falsas por perto.

O afastamento ocorre porque as pessoas com carência afetiva tem um grau de exigência que o outro não consegue atingir, nenhuma atenção, gesto ou fato será capaz de provar para a pessoa o amor que se sente, ela estará sempre na dúvida e cobrando mais, pois tende a abrir mão de muitas coisas que gostaria para não criar e embates e correr o risco de perder aquela pessoas e acaba esperando que o outro faça o mesmo.

O que a pessoa com carência emocional não consegue perceber é que normalmente aquilo que ela fez sem ter vontade ou deixou de fazer mesmo com vontade para não chatear o outro, nunca foi exposto, dessa forma a outra pessoa acredita que está tudo bem, que não tem nenhum problema, porém a pessoa com carência emocional está fazendo um grande esforço e irá cobrar em algum momento que esse esforço seja recompensado e quando não é, se sente sozinha e abandonada por quem deveria estar ao seu lado.

A carência emocional vai se formando desde a infância, tanto pelo falta de cuidados como pelo excesso, é importante saber que uma criança  que está em formação, precisa ter apoio e espaço para demonstrar sua capacidade e assim desenvolver confiança e independência emocional.

O que significa que uma criança negligenciada irá ter que assumir responsabilidades que ainda não tem maturidade para gerir e como não tem apoio, irá ter uma grande angústia que irá manter uma sensação de medo, insegurança e o sentimento de abandono emocional e quando isso ocorre diversas vezes se cria um padrão que é repetido inconscientemente na vida adulta. Porém quando uma criança é superprotegida, ela começa a ter vontade e se sentir capaz para assumir algumas responsabilidades, que são proibidas pelos adultos e muitas vezes dito que aquela criança não pode ou não consegue fazer aquilo, mas a criança se sente capaz e vê outras crianças capazes e então começa a interiorizar que ela não consegue, por uma incapacidade, gerando a insegurança e a sensação de inferioridade, pois com a repetição do comportamento ela começa a identificar que os responsáveis não confiam na capacidade dela, então ela realmente não deve ter a capacidade de apreender ou realizar aquilo e essa sensação se estende inconscientemente para a vida adulta, causando a dependência emocional, pois os outros são mais capazes que eu para qualquer coisa.

Por isso é importante os pais ponderarem e irem trazendo responsabilidade de acordo com a idade dos filhos e quando acreditarem que não é o momento para determinada ação ou atividade, indicar para a criança que ela ainda não sabe ou ainda não tem idade apropriada para aquela atividade e quando for o momento correto ela será ensinada e irá conseguir realizar o que deseja.

O adulto com carência emocional precisa ir resinificar esses aprendizados, tentando realizar atividades sozinha, reconhecendo os gestos de carinho e atenção dos outros, compreendendo sua capacidade, aprendendo a reconhecer que é uma pessoa completa com qualidades e defeitos como todos e por isso tem tanta capacidade como qualquer pessoa e deve exercitar o amor próprio e a confiança nos outros.

A Terapia auxilia nesse autoconhecimento e desconstrução dos medos e dos comportamentos inconsciente , abrindo o caminho para realizar novas tentativas melhorando a visão do que é necessário para poder ter boas relações, que fazem bem para todos e são vividas de forma saudável e consciente.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Metas e Planos

 

Um novo ano se inicia e muitas começam a estabelecer metas para conquistar no próximo ano, porém também é o momento que as pessoas pensam na metas estabelecidas no ano anterior e muitas vezes se frustram por não ter conseguido atingir alguma dessas metas.

As metas são importantes para que possamos atingir os objetivos e seguir o caminho que desejamos, mas podem também ser uma fonte de ansiedade e angústia pois as metas não estão baseadas nas possibilidades reais, levando em consideração tempo, planejamento e finanças.

Atualmente é muito comum o excesso de meta, que faz as pessoas não conseguirem compreender com total consciência as limitações e pequenas conquistas para se atingir as metas estabelecidas.

A ansiedade faz com que as pessoas estejam sempre focadas no objetivo final, tornando todas as metas urgentes e o sofrimento pela suposta demora em se conseguir algo e dessa forma também tende a aumentar o desânimo e muitas vezes a desistência em realizar aquilo que estabeleceu como meta.  

Para que a ansiedade não tome conta e não torne mais difícil se conquistar as metas que estabeleceu é importante o foco maior está nos planos para atingir a meta e não na meta em si, que seria o resultado final.

Um exemplo para ficar mais claro esse processo: uma pessoa tem como meta emagrecer, porém essa meta vai gerando ansiedade, pois cada coisa que ela deixa de comer ou cada rotina de exercício que ela faz, ela busca a confirmação de estar chegando em sua meta que é a perda de peso, porém o resultado não é imediato e isso começa a trazer uma sensação de desânimo e a dificuldade de manter essa rotina. Quando o foco é o plano, a pessoa passa a estabelecer o que ela precisa fazer, como se exercitar 3 vezes por semana e cada vez que ela faz isso, consegue ter a motivação de estar cumprindo seu plano e a sensação de positividade vem de imediato, porque a meta final não é o foco, ela será uma consequência de um plano bem executado, isso diminui a ansiedade pois não está com o pensamento no futuro e aumenta a motivação de estar conseguindo colocar em prática o plano.

Quanto mais distante me parece as metas, mais ansiedade ela pode gerar, pois muitas vezes não fica claro no processo mental o plano para se chegar naquele objetivo e dessa forma o boicote ocorre mais vezes durante o processo.

Quando buscamos algo, isso acarretará uma mudança e toda mudança é difícil e o autoboicote é comum, para que a mudança não se realize mesmo sendo algo desejado, por isso o foco estando nos planos eu posso reafirmar minha autoconfiança a cada momento que realizo aquele plano.

A angústia e ansiedade sempre atrapalham na realização dos nossos desejos e objetivos, pois aumentam a  urgência e faz com que as pessoas não consigam ter o prazer com nenhuma conquista, pois estão sempre pensando na proxima meta.

As metas não podem ser consideradas um combo, onde a cada conquista eu só penso que ainda falta uma parte, que ainda não fiz tudo que deveria por isso não posso me alegar, que a preocupação constante me fará atingir todas as metas e só depois poderei estar feliz.

Para que eu posso de fato me beneficiar com os planos é preciso reconhecer cada vitória conquistada, perceber o esforço para cada mudança e o reconhecer, se permitir estar feliz de atingir uma meta e comemorar essa conquista, mesmo que ainda tenha outras metas para atingir, pois sempre as terei e se não me permitir vibrar com essas conquistas, trarei sempre uma sensação de não conseguir dar conta de tudo que quero para só depois ser feliz.

Independente da metas que tenha para sua vida, procure fazer os planos, comemorar as pequenas conquistas desse caminho, pensar que as metas são únicas e cada meta atingida deve ser comemorada e curtida de verdade, que é preciso valorizar e compreender o esforço realizado para que cada plano esteja sendo colocado em prática, que imprevistos ocorrem pois não temos o controle de tudo e isso é normal e que a felicidade é vivida a todo momento e não somente após cumprir tudo que se acredita necessário, pois a vida está sempre em transformação e estamos sempre buscando algo para a nossa vida.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Orientação Vocacional

 

A orientação vocacional é oferecida principalmente para adolescentes no momento da escolha da profissão, porém pode ser benéfica para qualquer momento de dúvida com relação ao caminho profissional.

O processo de orientação profissional englobam  diversas avaliações, buscando conhecer sobre a personalidade, os interesses, as prioridades, as habilidades desenvolvidas e as habilidades que precisam ser desenvolvidas pelo indivíduo.

Essas avaliações permitem um maior autoconhecimento, possibilitando escolhas mais conscientes  e diminuindo o arrependimento com relação a escolha da carreira.

A primeira escolha profissional, costuma ser realizada no fim da adolescência com a entrada na faculdade, esse momento já é de grande mudança para o adolescente, terminando a escola e sendo cobrado pelo início da vida adulta e ter a escolha profissional como prioridade e de forma definitiva causa ansiedade e muito medo de ter que conviver com a escolha para o resto da vida, mesmo que não esteja satisfeito.

O processo de orientação vocacional nessa fase, colabora para que essa decisão seja consciente e não pela pressão de ter que escolher alguma área de interesse.

Para quem está insatisfeito com a profissão exercida e quer modificar sua carreira ou área de trabalho, a orientação vocacional também colabora com o autoconhecimento e colabora para as dúvidas e medos que ocorre quando o indivíduo busca outra área.

A orientação vocacional não irá definir qual profissão deve ser seguida pelo indivíduo, ela irá trazer informações sobre a personalidade e o modo de enxergar a vida, fazendo com que as características para determinada profissão está de acordo com a sua personalidade e expectativas.

Além das avaliações a orientação vocacional também irá auxiliar o indivíduo a pesquisar sobre as carreiras de interesse, entendo se as expectativas que ele tem com a área se concretizam no dia a dia da profissão.

Essa confirmação com área é importante para passar da teoria para a prática das profissões, porque pode ocorrer uma diferença grande nessa perspectiva e muitas pessoas só conhecem essas diferenças após vivenciar a prática, trazendo decepções com a vida profissional.

Os interesses de um indivíduo vão se modificando durante toda a sua vida, conforme suas vivências, por isso muitas vezes se tem a necessidade de mudar os rumos escolhidos anteriormente, a orientação tem o papel de buscar características sólidas da personalidade para que em cada momento de escolha a pessoa possa ter a consciência das influências que estão levando ela para aquele caminho e que ela sempre terá a liberdade para mudar, pois todas as possibilidades estão em transformação e suas escolhas estão pautadas nas suas características, não trazendo sofrimento em exercer uma profissão que vá contra o que considera positivo para sua vida.  A liberdade e a escolha consciente faz com que o indivíduo se comprometa com suas escolhas, aumentando o empenho e a possibilidade de sucesso na área profissional.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Atendimento Psicológico na Gravidez.

 

A gravidez é um momento diferente na vida da mulher, que pode vir com diversos sentimentos, que também vão se transformando com o decorrer da gravidez.

É comum o cuidado com a saúde física, a bateria de exames e diversas consultas,  que toda mulher passa após descobrir a gravidez até o pós parto. E a saúde mental acaba não sendo levado em conta, como em vários outros momentos da vida.

A mulher pode ter um aumento da preocupação, problemas de auto-estima conforme seu corpo vai mudando, aumento da ansiedade e do medo são sintomas muito comum nessa fase.

Essas mudanças são as mais comuns, que costumam ocorrer com a mulher independente das características da gravidez, que tem fundo hormonal, mas também emocional, além dessas mudanças podem existir outras características da gravidez que pode interferir na saúde mental da mulher nesse momento.

Questões no relacionamento conjugal podem vir a tona nesse momento, gravidez não planejada pode aumentar a insegurança, traumas da infância também podem se apresentar nesse momento.

As questões psicológicas na gravidez podem ir se somando e se não forem tratados, aumentando o risco de uma depressão pós-parto.

A psicoterapia pode auxiliar a compreensão, aceitação e como lidar com as mudanças que estão acontecendo, complementa a preparação para um parto tranquilo e um pós parto mais consciente.

Na psicoterapia ela poderá expor seus sentimentos, compreender as razões de estar vivenciando eles, não se culpar e resinificar esses sentimentos, trazendo mais confiança e compreensão do processo está vivendo e o que está por vir após o nascimento do bebê.

A maternidade é bastante romantizada na sociedade, muitas vezes fazendo com que as mulheres não tenham total consciência do peso que pode sentir com a mudança, trazendo o sentimento de culpa por estar vivendo esses sentimentos que não imaginavam fazer parte do processo de mudança da maternidade.

O medo e muitas vezes a cobrança e o julgamento social trazem a culpa e a ideia de que não será uma boa mãe devido seus sentimentos, por isso é importante que a mulher saiba que ela pode buscar o apoio emocional nesse momento e que esses sentimentos são comuns e não tem a ver com o amor e a capacidade dela de ser mãe.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Alienação Parental

 

A alienação parental ocorre quando um familiar tenta prejudicar a imagem de outro familiar para a criança.

O mais comum é que ocorra  na relação de ex casais, fazendo com que um dos pais denigra a imagem do outro, falando mal, proibindo as visitas, colocando situações constrangedora e etc. Porém pode ser realizada por qualquer membro da família, como tios e avós.  

Existem diversas questões jurídicas envolvidas com  a situação de alienação parental que devem ser apurado, porém nesse artigo vamos tratar das consequências psicológicas para as crianças e adolescentes que são submetidos a alienação parental.

Quando uma criança ou adolescente é colocado na situação de estar o tempo todo ouvindo coisas ruins de um dos seus pais, fica emocionalmente confuso, pois existe o sentimento de amor pelos dois (pai e mãe) e a sensação de ter que escolher um lado e se sentir sempre culpado por ser cobrado e muitas vezes não conseguir mudar a maneira de agir e o que sente pelo outro.

Essa pressão e sensação de culpa gerada nas crianças e adolescente, produzem uma sensação de inadequação, gera grande insegurança, ansiedade, agressividade e causa marcas no desenvolvimento.

As crianças e adolescentes vão ficando mais introvertidas, com dificuldade em confiar nas pessoas, pois não sabe se pode confiar nos pais, com medo do que fala e de como age, por poder trazer descontentamento para um dos pais e ser repreendido por isso.

Todos os medos, a desconfiança acompanham o desenvolvimento e se reflete inclusive na fase adulta, em outros relacionamentos e na maneira de enxergar a sua capacidade.

Os pais e os familiares, muitas vezes não conseguem enxergar o quanto estão colocando nos filhos uma carga maior do que eles têm capacidade, exigindo maturidade e discernimento em uma faixa etária em que os filhos não estão totalmente preparados para essa situação.

Os adultos envolvidos nas questões de alienação parental, precisão conseguir deixar suas mágoas, as suas inseguranças, raivas e descontentamentos de lado e perceber que crianças e adolescentes devem ser preservados nessas situações, muitas vezes a realidade de uma separação e/ou afastamento já são difíceis e não podem ser os responsáveis por amenizar e resolver os conflitos dos pais e/ou familiares.

Crianças e adolescentes não devem ser responsáveis por fazer escolhas no momento de uma separação, não devem ser colocados em situações de resolver os problemas com os pais, não podem ser cobrados para proteger um lado, não devem ser usados para investigar a vida do outro, não deve ser incentivado a manter segredos do pai ou da mãe, deve ter o direito ao contato com ambos os pais e a família próxima preservado, deve ter sua rotina e convivência preservada o máximo possível.

A alienação parental é crime, pode trazer diversas consequências legais para quem a pratica, inclusive a perda de guarda ou só poder ver a criança em visita supervisionada, deve ser denunciada, porém as consequências psicológicas para crianças e adolescentes, são cruéis e podem reverberar por toda a vida, por esse motivo é importante os pais perceberem quando não estão conseguindo lidar com a própria condição emocional e buscarem ajuda para que não sejam os filhos prejudicados e em caso de perceber sinal de orientação parental além da denúncia é importante buscar ajuda profissional para a criança ou adolescente, para que ele possa resolver as dificuldades emocionais causadas e não leve para vida adulta e outras relações no futuro .

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Relacionamento Abusivo

 

O relacionamento abusivo conjugal é o mais comentado e tratado no dia a dia, porém qualquer relação pode ser abusiva e é importante entender as características dessas relações para que se possa não entrar ou sair de uma relação desse tipo.

A relação abusiva se caracteriza por uma das partes aproveitando dos sentimentos da outra pessoa e de sua fragilidade para conseguir o que deseja daquela pessoa.

O abuso pode ser psicológico ou físico, causando prejuízos psicológicos graves para o abusado.

O abuso psicológico é mais comum, pois tem como expressão muitas situações que parecem comum socialmente e podem ser consideradas inicialmente como cuidado, ciúmes ou momentos isolados de nervosismo. Nesse caso o abusador procura se mostrar preocupado com o bem estar da vítima, porém está sempre desvalorizando sua capacidade, a culpando por situações que muitas vezes é responsabilidade do abusador, como uma traição ou o abusador não ter conseguido fazer algo e culpar a vítima, para que a mesma se sinta responsável em estar se preocupando com as ações para não magoar ou trazer reações graves como discussões, xingamentos e ameaças.

O abuso físico é ainda bastante comum e está sempre junto com o abuso psicológico, que vem primeiro e termina em uma agressão física, que também pode ser um empurrão, um apertão, um tapa ou o espancamento que ainda presenciamos com frequência, chegando inclusive a morte da vítima.

Os abusos em relacionamentos profissionais, de amizade e familiares, com frequência são psicológicos, buscam submeter uma pessoa ao controle do abusador de forma que aos poucos vai minando a personalidade, a auto-estima e a capacidade de reagir da vítima.

Nos relacionamentos amorosos ainda é bastante comum o abuso físico, tendo como vítima principal às mulheres devido a maior fragilidade física e a questões sociais, que por muito tempo normalizou o controle sobre  a mulher.

O relacionamento abusivo sempre terá as características para desacreditar, minar a confiança e a autoestima da vítima, pois é dessa forma que faz a vítima permanecer na relação, pois vai ficando confusa, com medo e culpa pelo que ocorre na relação, acreditando assim em precisar mudar alguns comportamentos para que o abuso termine.  

O abusador frequentemente também já foi vítima ou vivenciou uma atmosfera em que o abuso era tratado como algo comum ou aceitável, aprendeu dessa forma a normalizar esse comportamento e assim recria nas suas relações o papel de poder, para assim não ser mais vítima.

A vítima normalmente vivenciou atmosfera onde o abuso é tratado com normalidade e esse comportamento é justificado pela culpa, fazendo com que a pessoa não consigo quebrar esse ciclo do abuso.

Em casos de abuso psicológico o abusador pode se beneficiar do processo terapêutico, quebrando o ciclo do abuso, porém exige que essa decisão seja consciente e se abra a um longo processo de desconstrução de crenças e comportamentos. Os abusadores têm consciência de suas ações por isso não devem ser considerados incapaz de buscar mudança, se a busca não ocorre por vontade própria não ocorreram mudanças nos comportamentos.  

O processo terapêutico pode auxiliar a vítima a identificar as características de um relacionamento abusivo, fortalecer a auto-estima e a confiança que foram atacadas nesse relacionamento e a reconhecer e se livrar dos processos de culpa para que assim possa encerrar os ciclos de abuso em qualquer relação. Sendo de extrema importância um olhar de cuidado e auxílio para a vítima e não de julgamento, pois existem diversas dificuldades em identificar e sair de um relacionamento abusivo.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Autismo

 

O transtorno do espectro autista, o diagnóstico normalmente é realizado até os 3 anos, e é considerado um transtorno do desenvolvimento, que traz déficits na integração social e na comunicação verbal e não verbal.

Dentro do transtorno do espectro autista temos a divisão em 3 síndromes:

Síndrome de Asperger: caracteriza pela dificuldade de interação social, comportamentos excêntricos, rituais incomuns e problemas de coordenação motora.

Autismo Clássico: Atraso linguísticos significativos,  déficits sociais e de comunicação, interesses e comportamentos incomuns e possível atraso intelectual.

Transtorno Invasivo do desenvolvimento: Apresenta características do autismo ou asperger,mas não todas, não caracterizando a síndrome, tornando os sintomas mais brandos, causando apenas desafios sociais e de comunicação.  

Atualmente ocorreram atualizações na classificação do autismo, que passou a ser classificado por nível, possibilitando assim um tratamento mais completo.

Os níveis vão de 1 á 3 e indicam a gravidade do comprometimento social, de comunicação e de comportamentos repetitivos e incomuns dentro das síndromes.

Normalmente as crianças começam a apresentar os sintomas muito novos, porém são sintomas de pouco comunicação social, como manter contato visual, não responder a estímulos e conforme vão crescendo essas características vão ficando mais claros, tendo comportamentos incomuns e repetitivos, dificuldade com pequenas mudanças, dificuldade em trabalhar a imaginação, ter visão, audição e tato mais sensíveis.

As causas do autismo ainda não são conhecidos, existem estudos que indicam questões genéticas, fisiológicas e ambientais. Recentemente são divulgadas informações contraditórias sobre o transtorno e uma das mais conhecidas é o fato de vacinas que podem causar autismo, sendo que essa notícia é falsa, pois não existe nenhum estudo que comprove essa relação e as vacinas são estudadas e seguras, além de extremamente importante para a saúde das crianças.

O diagnóstico do autismo feito normalmente por pediatra e psiquiatra infantil e o tratamento é feito de maneira multidisciplinar, sendo necessária terapia ocupacional, acompanhamento neurológico, psiquiátrico, psicológico e fonoaudiólogo. Quanto mais cedo se inicia o acompanhamento, melhor será o prognóstico para a criança. Existem métodos de aprendizagem como o ABA, muito utilizado para desenvolver todas as habilidades das crianças com a Síndrome do Espectro Autista.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

TDAH
(Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade)

 

O TDAH é mais comum se apresentar na infância, porém pode ser diagnosticado também na fase adulta, porém indicando que se apresenta desde a infância, não sendo diagnosticado, surgindo adaptações para o desenvolvimento do indivíduo.

As características mais comum são: desatenção, impulsividade, agitação ou hiperatividade, porém essas características podem ter predominâncias diferentes para cada pessoa, assim existem portadores de TDAH mais desatentos do que hiperativos, mais hiperativos do que impulsivo ou mais impulsivo do que desatento por exemplo, podendo ocorrer todos os sintomas no mesmo nível ou qualquer um dos sintomas em nível maior e os outros em segundo plano.

A maior busca por acompanhamento no caso de crianças costuma ser por encaminhado da escola e de casos em que a agitação ou hiperatividade são predominantes, pois frequentemente é a característica que mais incomoda socialmente e é confundida com falta de limites imposto pelos responsáveis. Porém também é constante à rotulação de crianças saudáveis apenas por ser mais ativas, o que não caracteriza nenhum transtorno e sim uma característica normal de personalidade.

É preciso tomar cuidado com a rotulação de crianças, pois é frequente a utilização de medicamentos para o tratamento do TDAH e um diagnóstico equivocado pode trazer consequências também para a vida do indivíduo.

Dependendo da faixa etária uma criança ser ativa, ter dificuldade em ficar parada e dificuldade de concentração, não é um problema, é apenas uma característica de personalidade e da fase de desenvolvimento infantil.

O diagnóstico do TDAH precisa incluir observação clínica e testes psicológicos que confirme a predominância dos comportamentos caracterizando o transtorno.

Por outro lado o diagnóstico do TDAH costuma ser tardio quando a predominância do sintoma é a desatenção ou a impulsividade.

A desatenção muitas vezes é percebida como natural e como a criança não apresenta agitação, os adultos podem não perceber a dificuldade e nesses casos é comum o diagnóstico já no adulto, pois durante a vida ele foi tentando se adequar, muitas vezes rotulado como distraído e sofrendo com aparente esquecimentos, que estão na verdade relacionados ao déficit de atenção.

Já  quando a predominância é da impulsividade, a criança pode ser rotulada como mimada, que não pode ser contrariada e também vai tentando se adequar chegando muitas vezes a fase adulta, sendo considerada impulsiva, desastrada, sem controle emocional ou propicia a ataques de fúria sem explicação, pois devido ao déficit de atenção muitas vezes o indivíduo não consegue observar e agir no momento e da forma mais correta.

As causas para o TDAH são hereditárias, foi verificado em estudos a ocorrência de TDAH em membros da mesma família, os estudos mostram uma possível alteração metabólica neuroquímica cerebral na região frontal do cérebro, causando as dificuldades de controle de comportamento. Não se sabe ao certo se outros aspectos biológicos podem influenciar no TDAH além da hereditariedade.

O TDAH tem tratamento que deve ser multidisciplinar, incluindo o acompanhamento neurológico e psiquiátrico para medicação, o acompanhamento psicológico, buscando reconhecer gatilhos e a maneira de controle dos comportamentos e a auriculoacupuntura pode ser uma opção para auxiliar nos sintomas mais predominantes.

                                                                                                  Psicóloga Camila Braga de Carvalho

                                                                                                                                     06/100375

Esquizofrenia

 

A esquizofrenia é a cisão parcial ou total com a realidade, pode ocorrer com homens e mulheres, em qualquer idade, porém ocorre com maior frequência com homens e no fim da adolescência e início da vida adulta, entre os 17 e 25 anos.

As causas da esquizofrenia não são totalmente conhecidas, com as informações científicas que temos até o momento, pode se indicar uma predisposição fisiológica e fatores ambientais que desencadeiam o transtorno. Dessa forma as duas questões precisam estar presente para o desenvolvimento do transtorno,uma pessoa não desenvolve o transtorno sem predisposição fisiológica, ainda que ocorra situações ambientais complicadas e uma pessoa pode ter predisposição fisiológica porém não desenvolver o transtorno durante toda sua vida devido não ter tido fatores ambientais para desencadear o problema.

A dificuldade é que não temos como identificar a predisposição fisiológica e também não temos como definir quais fatores ambientais desencadeiam o transtorno em quem tem a predisposição, o que impossibilita realizar ações de prevenção sobre o transtorno.

Existe uma ideia de senso comum que o uso de drogas faria a pessoa desenvolver a esquizofrenia, o que não é verdade, como foi dito anteriormente é necessário possuir uma predisposição fisiológica para o desenvolvimento do transtorno. Dessa maneira uma pessoa sem predisposição fisiológica, mesmo utilizando qualquer tipo de droga não desenvolverá a doença, porém a pessoa que possui a predisposição o uso de drogas pode ser o fator ambiental que desencadeia o transtorno. A principal droga que tem componentes que desencadeia a esquizofrenia é a Maconha, porém outras drogas também podem exercer esse papel de fator desencadeante, inclusive o álcool.

Por isso é importante reconhecer os primeiros sinais do transtorno, pois quando mais cedo realizar o diagnóstico, melhor será o prognóstico de tratamento, possibilitando que a pessoa possa ter um vida mais produtiva. Porém a nossa realidade atual são diagnósticos tardios, que muitas vezes trazem um comprometimento mais profundo e o tratamento auxilia uma vida normal, porém com diminuição importantes na produtividade no dia a dia.

Os primeiros sintomas, normalmente se apresentam com um isolamento no fim da adolescência, seguidos de reações não comuns ou não adequadas às situações, levando há uma inquietação que vai criando fantasias que passam a se confundir com a realidade, podendo desencadear uma crise, levando a cisão com a realidade e ocorre o surto psicótico, onde a fantasia se sobrepõe a realidade e passa a determinar a ação da pessoa.

O tratamento normalmente é dificultado, pois a pessoa não consegue ter a consciência da necessidade de tratamento, pois as fantasias se sobrepõe a realidade e a pessoa fica com a sensação de perseguição e de não ter nada de errado com ela e sim com os outros que não vem as coisas como ela vê. O tratamento precisa ser supervisionado por um período longo, pois também é muito comum a pessoa interromper a medicação pois se sente bem e nunca reconheceu a necessidade de tratamento. No tratamento da esquizofrenia é fundamental o envolvimento de outra pessoa, para acompanhar e poder relatar aquilo que muitas vezes o paciente não consegue perceber naquele momento devido ao problema.

A esquizofrenia tem tratamento, porém não tem cura, após uma crise ou surto psicótico, a pessoa precisará iniciar o tratamento com medicamentos que irão acompanhar sua vida para o controle do transtorno. O tratamento com o psiquiatra traz a adequação da medicação e o acompanhamento psicológico um melhor reconhecimento e adaptação das fantasias e do tratamento. A acupuntura também pode ser utilizada como tratamento complementar, trazendo resultados importantes para a produtividade diária da pessoa com transtorno de esquizofrenia.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

Suicídio

 

As taxas de suicídio cresceu no Brasil entre os anos de 2011 e 2017, principalmente entre Adolescentes/Jovens e idosos, em média temos 11 mil suicídios por ano, as tentativas de suicídios tem uma média de 48.204 por ano. As mulheres são a maioria na tentativa de suicídio e os homens a maioria dos suicídios realizados. Esse dado se dá principalmente pelo meio utilizado para o suicídio que permite maior socorro como a overdose de medicamentos. Esses dados nos mostra a necessidade de falar de saúde mental e do suicídio, para desmistificar diversas crenças sobre o assunto que faz com que muitos sinais não sejam percebidos.  

Existem diversas situações psicológicas que podem levar a pessoa tentar o suicídio, porém existe a ação social que prejudica e agrava as sensações e fazem aumentar o índice de suicídio.

O sentimento de inadequação social, de inutilidade e a sensação de ser peso para as pessoas próximas, são assuntos comuns quando ocorre o pensamento suicida. O sofrimento causado pelo problema psicológico é aumentado pela percepção de que ninguém entende sua dor, que sua dor é julgada como frescura ou falta de vontade de mudar e pela percepção de que as pessoas próximas estão cansando do seu problema e está se tornando um peso para elas, esses sentimentos vão aprofundando a doença e trazendo os pensamentos suicidas, pois não se sente mais importante para aquelas pessoas que são importante para ela.

As duas faixas etárias em que é mais evidente o aumento do suicídio no Brasil, são as menos ouvidas socialmente e é importante percebemos o quando a desvalorização dos sentimentos dessas pessoas vem causando prejuízo grave para a saúde psicológica.

Os adolescentes/ Jovens (15 a 29 anos), os sentimentos adolescentes são comumente desvalorizado, como exageros da idade, necessidade de chamar atenção e a cobrança de crescer e ser considerado infantil por demonstrar sofrimento por algumas situações. Os jovens normalmente cobrados em resolver a vida nessa faixa etária, estabelecer vida profissional, crescer financeiramente, estabelecer relacionamento amoroso, ser mais responsável e formar família, como se existisse um prazo limite para todas essas realizações e a infelicidade será eterna caso você não alcance dentro dos prazos.

Os Idosos (acima de 70 anos), entram em uma fase em que normalmente vão perdendo autonomia e muitas vezes também passam a ser desconsiderados socialmente, toda a sua vivência e experiência deixam de servir, seus sentimentos também começam a ser desconsiderados, considerados antigos, sem importância e a sensação de ser um peso é o que mais vai aumentando nessa faixa etária.

Diferente da crença popular de quem quer cometer suicídio não avisa, o que vemos na prática é que sim tem diversos avisos. Decidir por tirar a própria vida não é algo simples e não se chega a esse pensamento de um momento para outro, os sinais e avisos são desvalorizados justamente pela saúde mental não ser levada a sério, ser tratado como fraqueza ou preguiça e essa ideia disseminada de que a pessoa que quer acabar com a própria vida não dá aviso.

Aceitar que as dores são diferentes para cada pessoa e não existe problema maior ou menor que possa determinar se a pessoa pode ou não sofrer por algo, as dores pessoais não são parâmetros para a dor do outro, o que lido com facilidade pode ser mais difícil para outras pessoas, somos únicos e precisamos olhar com maior empatia para compreender que dor não é competição, cada um tem as suas que devem ser respeitadas e acolhidas e com esse olhar podemos ajudar a salvar a vida de uma pessoa próxima sem nem mesmo saber.

O acolhimento social, saber que não vai ser ridicularizado por seus sentimentos ou suas dificuldades, compreender que se tem outras saídas e poder falar disso sem ser repreendido, diminui as tentativas de suicídio.

É necessário aumentar o conhecimento sobre os problemas psicológicos e seus tratamentos, é imprescindível que o acesso a tratamentos de qualidade seja ampliado, porém a mudança com relação às tentativas e ao suicídio passa pela transformação do olhar, do julgamento e do acolhimento social as diferentes dificuldades humanas.


 

Centro de Valorização à Vida - CVV

Tel: 188 ( ligação gratuita)

https://www.cvv.org.br/

Atendimento 24h, com total sigilo para quem busca ajuda. No site também é disponibilizado o atendimento por chat e e-mail.

Entre em contato e procure ajuda psicológica.

Suicídio 

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

TRANSTORNO BIPOLAR

O Transtorno Bipolar é um dos transtornos de humor, ocorre uma variação de humor de forma abrupta, normalmente sem justificativas externas e de forma constante.

Existe um ideia generalizada de que ficar irritado com algo repentinamente ou acordar animado e ir desanimando ou ficando triste durante o dia conforme os acontecimentos seria característica de bipolaridade e isso não é verdade.

Um mal humor inexplicado em um dia, uma animação sem motivo aparente em outro, a mudança de humor após ouvir algo que te irritou e isso acabar com o seu humor no resto do dia ou uma alegria eufórica após uma boa notícia, não são sinais de bipolaridade, são mudanças comuns, o humor é cíclico e todos temos variações que podem ser desencadeadas por diferentes causas, como a falta de sono, questões hormonais, acontecimentos muito positivos ou muito negativos e etc…

O transtorno Bipolar tem características individuais, a pessoa portadora do transtorno, terá o ciclo do humor  depressivo e o ciclo do humor maníaco, em geral estes ciclos duram o mesmo período e existe uma aparente situação de melhora entre eles. Isso significa por exemplo  que uma pessoa Bipolar que tem ciclos de humor de 1 mês ficará um mês depressivo, terá uma aparente melhora de cerca de uma semana e depois entrará em mania ficando um mês no estado de mania. Esse ciclo se repete sempre da mesma maneira enquanto a pessoa não está em tratamento.

Porém essa informação de tempo é apenas um exemplo, pois cada pessoa possui um ciclo diferente, não temos como determinar isso, o que se sabe é que eles acontecem sempre com a mesma regularidade. Dessa forma se o ciclo for de 1 semana estará 1 semana depressivo, cerca de 2, 3 dias se sentindo bem e 1 semana em mania, se for ciclo de 3 meses, 3 meses depressivo, cerca de 1 mês se sentindo bem e 3 meses em mania, se for ciclos de 15 dias, 2 meses, 8 meses ou 1 ano de qualquer forma o ciclo se repete, tendo momentos de normalidade entre eles.

A intensidade dos sintomas também pode ser diferente, o ciclo depressivo pode ser mais acentuado e a mania mais leve, nesse caso é comum o diagnóstico errado de depressão, assim como o ciclo de mania pode ser mais intenso e o depressivo mais leve, muitas vezes causando diagnóstico errado de esquizofrenia.

Os sintomas também são variados de cada indivíduo o que causa bastante interpretações erradas, na depressão a pessoa pode ficar muito desanimada, pode não sair do quarto ou se isolar, mas manter as atividades rotineira, na mania a pessoa fazer faxina de madrugada por não conseguir dormir, pode fazer compras de forma descontrolada ou pode sair e beber descontroladamente todos os dias. Existem uma infinidade de sintomas que seria impossível descrever todas as possibilidades neste artigo.

A manifestação da Bipolaridade começa frequentemente na adolescência, a busca por acompanhamento profissional normalmente só será realizada na vida adulta, devido a falta de conhecimento sobre o assunto, o preconceito e medo de ser taxado socialmente como louco e uma confusão dos sintomas do transtorno com uma característica normal de adolescentes, com mudança de humor e rebeldia própria dessa fase, por ser tratar de um transtorno complexo, normalmente se demora a fazer o diagnóstico correto e isso também influencia para o inicio o tratamento ser mais demorado e muitas vezes ocorrer quando a pessoa já teve várias questões sociais comprometidas pelo transtorno.

O tratamento para Bipolaridade é feito com acompanhamento Psiquiátrico e Psicoterapia, as medicações entraram para regularizar os sintomas e a terapia ajudará a pessoa a lidar com as questões da doença e recuperar o convívio social e a confiança que muitas vezes é afetado pelo transtorno.

É importante compreendermos as dificuldades do transtorno, o quanto essas mudanças de humor causam prejuízo para a pessoa bipolar, a necessidade de apoio para iniciar o tratamento, pois é difícil para pessoa ter total consciência dessas mudanças do humor e seus prejuízos, quanto mais informações temos e não propagamos ideias de julgamento e constrangimento das pessoas com transtornos psicológicos, maior facilidade teremos para o tratamento e para que as pessoas vivam de forma funcional e agradável para si, por isso a importância de desmistificar os tratamentos psicológicos e compreender que cuidar da saúde mental faz parte dos cuidados da saúde e não deveria ser visto como algo a parte e que só é buscado quando não existe outra possibilidade.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho

06/100375

ANSIEDADE

 

A ansiedade é um sentimento comum a todos os seres humanos, o que diferencia a síndrome é a intensidade e momentos em que a ansiedade surge, impactando diretamente na rotina da pessoa.

Existem variações de síndromes que se desenvolvem a partir da ansiedade, as mais conhecidas são à ansiedade generalizada, a Síndrome do pânico e o TOC.

Você já deve ter visto um post nas redes sociais que diz que ansiedade é excesso de futuro, essa afirmação se deve principalmente pela características das síndromes de ansiedade com a preocupação com o que pode ocorrer de errado em toda situação em que se coloca.

As pessoas que tem ansiedade generalizada normalmente são percebidas como pessoas agitadas, preocupadas com o futuro e pessimistas, porém as pessoas muitas vezes se sente sobrecarregadas, angustiadas e decepcionadas com os resultados, essa sobrecarga vai aumentando a ansiedade e a necessidade de controlar tudo o que pode ocorrer de errado em cada tarefa e culminam em crises de ansiedade, que geram estresse  e sensações que normalmente se confundem com sintomas físicos como o infarto. É comum que as pessoas com crise de ansiedade, sejam julgadas como descontroladas, exageradas ou preguiçosas que utilizam desse problema para não trabalhar ou fazer qualquer atividade e isso aumenta o sofrimento, aumentando a ansiedade e causando ainda mais crises na pessoa com ansiedade generalizada.

A síndrome do pânico trás a ansiedade combinada com o medo, fazendo com que a pessoa tenha situações que não consegue enfrentar, trazendo sofrimento, impedimento de realizar tarefas diárias e dependência de outras pessoas. O preconceito e não compreensão da síndrome traz julgamentos e falta de paciência em lidar principalmente com a dependência da pessoa com a síndrome do pânico  e a sensação de estar o tempo todo incomodando gera um aumento da tristeza e solidão da pessoa.

O T.O.C é um transtorno mais complexo, a ansiedade faz com que a pessoa desenvolva comportamentos ou pensamentos recorrentes para tentar amenizar as sensações de medo e angústia, devido sua complexidade teremos um novo artigo tratando apenas o T.O.C.

As síndromes de ansiedade estão cada vez mais comuns, devido o aumento de informações, mais possibilidades de escolhas e uma cobrança por sucesso contínuo, toda cobrança tende a aumentar a ansiedade e as síndromes pode ocorrer com qualquer pessoa.

O tratamento deve ser multidisciplinar, dependendo da sua intensidade e síndrome, podendo incluir acompanhamento psiquiátrico, acupuntura, exercícios que incluem relaxamento e atividade física, além do acompanhamento com psicoterapia para que as causas e os processos psíquicos possam ser compreendidos.

É importante desmistificar os processos ansiosos, tirando a ideia de controle das ações, percebendo que as sensações da ansiedade como o medo, a angústia, a sensação de aperto no peito, a sensação de sobrecarga e a sensação de incapacidade para realizar as atividades, são motivos de sofrimento e de grande tentativa de se manter ativo e não ter o seu dia a dia alterado por essas sensações, porém as crises demonstram que ultrapassou o limite pessoal, a busca por ajuda ainda é vista como uma fraqueza e essa visão é preciso ser modificada, para que se busque atendimento mais cedo diminuindo o sofrimento e aumentando a possibilidade da pessoa se recuperar com menor dano para sua rotina.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho 

06/100375

T.O.C 

 

  O T.O.C (Transtorno Obsessivo Compulsivo) são pensamentos recorrentes que produzem rituais na busca de amenizar a angústia e medo causado pelos pensamentos.

   A mania de arrumar a louça antes de lavar, não é T.O.C., a mania de organização, não é T.O.C., a mania de conferir se a porta está trancada, não é T.O.C., a mania de fazer as coisas da mesma forma, não é T.O.C., nenhuma mania pode ser automaticamente denominada T.O.C, pois as manias podem causar angústias pontuais, porém é controlável e acabam quando se retira do ambiente ou realiza a tarefa daquela forma.

  O T.O.C. inicia com pensamentos recorrentes que vão angustiando a pessoa, são criados os rituais para diminuir a angústia e a necessidade deles vai aumentando, a pessoa não consegue se controlar, por diversas vezes tem consciência da inutilidade prática do ritual, mas a angústia, sofrimento e medo aumentam se não realizá-lo.O T.C.O é causador de muito sofrimento para a pessoa, a angústia não passa ao se retirar da situação, na maioria das vezes diminui, mas logo retorna após o ritual, ocupa o tempo, interfere em atividades diárias, muitas vezes faz as pessoas se atrasar para compromissos, para poder realizar os rituais e em muitas situações causam constrangimentos sociais.

  A pessoa com T.O.C. tende a ficar irritada quando as pessoas tentam convence-la a não realizar o ritual ou quando é impedida de faze-lo por qualquer motivo, pois o medo de algo ruim acontecer vai aumentando, podendo causar crises de ansiedade ou ataques de pânico.

  A angústia e o medo por diversas vezes fazem as pessoas com T.O.C. pensarem em deixar o trabalho, as relações pessoais, para poder ter o tempo disponível para os rituais e evitarem o julgamento social.

Socialmente é comum a ridicularização do transtorno, devido as manias serem consideradas engraçadas ou de fácil controle e que a pessoa não faz porque não quer. Esse fato aumenta angústia, aumenta o medo de perder as pessoas próximas por não terem paciência com o seu problema, aumentam o medo dos rituais serem feitos em público e isso causar constrangimentos e todos esses sentimentos acabam por aumentar a necessidade de rituais.

Existem diversos estudos mostrando que o T.O.C. tem grande probabilidade de se associar a outros transtornos, como a depressão, a ansiedade generalizada e a fobia social, e esses outros transtornos modificam o tratamento e a maneira de lidar com o problema.

  Os grupos de rituais mais comuns que se manifestam no T.O.C, são a  higienização, trazendo preocupações com germes, necessidade de limpeza, de lavar as mãos e etc, organização, trazendo a necessidade dos objetos estarem milimetricamente em seus lugares, não modificar as coisas de lugar e etc, e se a segurança, trazendo a necessidade de chegar várias vezes a tranca da porta, o gás desligado, as torneiras fechadas etc.Lembrando que todos esses rituais consomem a pessoa, passando da sensação normal e tornando as repetições exageradas e muitas vezes demoradas.

  O T.O.C. precisa de tratamento de longo prazo, é necessário avaliação e acompanhamento com psiquiatra para a medicação e o acompanhamento psicoterápico, para a mudança de pensamento e comportamento. Normalmente a busca por ajuda, demora principalmente pelo medo de ser rotulado como louco, fazendo com que os rituais fique escondido, a pessoa tenha vergonha, se culpe e se angustie ainda mais em cada situação que ocorre o ritual.

informações sobre o que é o T.O.C é de extrema importância para o tratamento e em muitas situações envolve a família que pode participar dos rituais para diminuir atritos e também precisam ser orientados como agir para colaborar com o tratamento da pessoa com T.O.C..

  Se você percebe que gasta muito tempo do dia com rituais, que já atrasou ou deixou de comparecer a compromissos por causa de rituais, que a angústia aumenta e começa a causar medo de algo ruim acontecer devido o ritual não ser cumprido, busque ajuda profissional, o T.O.C. tem tratamento e cura, melhorando sua qualidade de vida e te deixando livre para vivenciar suas experiência sem a necessidade dos rituais.

Psicóloga Camila Braga de Carvalho
06/100375 

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Depressão

 

 

Você já deve ter ouvido diversas definições do que é depressão em texto, nas redes sociais e no seu dia a dia mesmo, algumas citações ficaram mais populares, como a depressão ser excesso de passado ou a doença do século. Apesar de se falar mais nesse problema psicológico ele também é repleto de preconceitos, você já deve ter ouvido também que depressão é falta do que fazer, é coisa de quem tem tempo livre ou falta de fé. Por isso este artigo visa trazer informações sobre o transtorno da depressão e também sobre os efeitos da desinformação e do preconceito para quem sofre com este transtorno.

Quando se diz que a depressão é excesso de passado, está ligado a um dos processos que compõem o transtorno, pois para uma pessoa com transtorno depressivo as lembranças que envolvem dificuldades ou decepções, trazem uma grande sensação de sofrimento e tristeza, pois se revive a dor e se busca uma culpa interna ou externa para o sofrimento e nem sempre essas razões são encontradas.

Outro ponto muito comum é a imagem que de forma geral se tem do depressivo, como uma pessoa que não faz nada, tem que ficar na cama, não pode se divertir ou sorrir, não trabalha e não tem nenhuma atividade, porém essas características não são requisitos principais para a depressão e também costumam aumentar esse preconceito desvalorizando o sofrimento das pessoas que não tem esse perfil mas possui o transtorno.

O transtorno depressivo é um problema psicológico que pode ocorrer com qualquer pessoa e em diferentes níveis, gerando grande sofrimento. É importante compreender que as pessoas não escolhem se sentirem assim e não é simples lidar com esses sentimentos e a desvalorização não colabora para a melhora do transtorno.

Uma tristeza pontual, com um motivo, como o falecimento de alguém, uma separação, uma decepção, a perda do emprego  ou um dia que não acordamos bem, não devemos dizer que estamos deprimidos, estamos tristes, estamos elaborando um luto, que é um processo com início, meio e fim e merece muita atenção e cuidado mas não pode ser tratado como depressão, pois nomear toda tristeza como depressão também aumenta a ideia social de que o transtorno é algo simples e uma questão de escolha em superar ou não um problema.

A depressão faz com que a pessoa se sinta triste, muitas vezes sem entender direito o motivo, angustiada, pois começa a não se animar para as atividades que sabe que tem a obrigação de fazer, culpada pois costuma se cobrar por não conseguir superar o desânimo, com medo, pois não consegue ser positiva no dia a dia e nas atividades futuras, é comum a pessoa ir tendo mais dificuldade de fazer planos para o futuro pois eles vão deixando de fazer sentido e devido ao aprofundamento desses sintomas algumas pessoas podem chegar a tentativa de suicídio.  

Uma pessoa depressiva pode  trabalhar, estudar, namorar, sorrir, ir em festa e fazer tudo que qualquer pessoa faz, porque ela costuma se esforçar e busca não demonstrar seus problemas, deixar de fazer tudo isso não é sinal de depressão e sim um sinal que a doença se agravou, sem que quem está próximo se desse conta do sofrimento da pessoa com transtorno depressivo.

Os preconceito envolvidos nos transtornos psicológicos dificultam que as pessoas busquem acompanhamento, pois normalmente consideram fraqueza ter que buscar auxílio profissional, também temem por ficarem estigmatizado como loucos ou fracos, sofrem pelos julgamentos que desvalorizam os sentimentos e as sensações do transtorno, aumentando a sensação de culpa e falta de sentido na vida, agravando o transtorno depressivo podendo chegar em resultados mais graves como o suicídio.

O tratamento para Depressão é multidisciplinar, terapia é essencial para a compreensão e busca consciente para superar o transtorno, em alguns casos também é necessário a medicação, para auxiliar nas sensações que não consegue controlar, a atividade física sempre auxilia muito pelos processos hormonais liberados na atividade e a acupuntura também vem auxiliando no tratamento e superação do transtorno depressivo.

A depressão foi descrita como doença do século, devido o aumento de caso diagnosticado, é importante lembrar que o fato de ter mais informações faz com que as pessoas procurem mais os tratamentos e os diagnósticos também aumentam, porém as cobranças, a agilidade e o excesso de atividade que foi se intensificando na sociedade, contribui para os processos depressivos, pois nem todas as pessoas se encaixam nesses perfis e são cobradas a buscarem se adequar ao que socialmente é considerado importante.

Desmistificar o transtorno depressivo, é compreender que não se trata de fraqueza, frescura, falta de atividade ou preguiça, mas de um transtorno que traz grande carga de sofrimento para o portador, que é agravada quando não encontra apoio nas pessoas próximas, que precisa de tratamento como qualquer problema de saúde, tratamento que deve ser feito até o fim para evitar recaídas e que os sintomas da depressão só mostra o quando a pessoa veio se esforçando para não adoecer e que ela precisa de auxílio para não ter sua saúde agravada podendo chegar a dificuldades graves no seu dia a dia ou a desfechos graves e trágicos.

Depressão é um problema de saúde que não te define como pessoa, tem tratamento, você tem o direito e deve procurar auxílio, tem cura e você tem o direito de buscar se sentir cada vez melhor e pode acreditar que isso é possível e você merece ter acesso sem ser julgada por isso. Se você apresenta alguns dos sintomas busque ajuda.

 

Psicóloga Camila Braga de Carvalho 
06/100375

Profissão Psicólogo

 

 

O Psicólogo está presente em diferentes áreas, sua atuação é de maneira específica buscando a saúde emocional. Nesse artigo vamos explorar as particularidades de algumas áreas de atuação  da psicologia.


Psicologia Clínica: Essa talvez seja a área mais conhecida da psicologia. Um psicólogo clínico é responsável pelo atendimento de pacientes para acompanhamento psíquico. Esse atendimento pode ser realizado em consultório, hospitais, empresas, associações e etc. Pode se realizar atendimento individual, em grupo, familiar e de casal, buscando o bem estar e desenvolvimento psíquico, buscando soluções para queixas através da escuta e da teoria escolhida para o desenvolvimento do trabalho.

A psicologia é dividida em terias para a compreensão do desenvolvimento humano, o psicólogo escolhe uma das teorias estudadas e utiliza suas técnicas  para desenvolver o trabalho com o seu paciente. As teorias mais conhecidas são a Psicanalítica que tem como precursor Freud e a teoria comportamental seu precursor é Skinner, essas teorias foram desenvolvidas e reorganizadas por outros autores dando origem a novas teorias como Junguiana, Winnicottiana, Melanie Klein teorias com base psicanalítica e teorias cognitivo-comportamental com base Comportamental,   porém existem outras teorias para realização do trabalho psicológico como: fenomenologia, gestalt terapia, psicodrama e etc.

Psicologia Organizacional: A atuação do psicólogo na organização pode ocorrer em diferentes setores, vamos abordar algumas possibilidades de atuação, sendo que o mais o comum é o setor de Recrutamento e Seleção.

No Recrutamento e Seleção o psicólogo atua na busca por novos talentos para a empresa, buscando identificar candidatos com o perfil mais adequado para a vaga que deverá ser preenchida. Podem ser utilizados métodos diferentes para realizar essa avaliação, como entrevista, testes psicológicos e dinâmicas, também pode ser utilizar mais de um método criando as etapas do processo seletivo para uma avaliação mais completa e com menor possibilidade de erro na escolha do candidato.

O psicólogo também pode atuar na área de treinamento e desenvolvimento, nessa área o psicólogo irá analisar as necessidades de cada setor para elaborar treinamento e ações pensando no desenvolvimento profissional dos colaboradores e um melhor resultado para a empresa.

Psicologia Hospitalar: O psicólogo hospitalar pode atuar diretamente com pacientes em situações em que seu estado de saúde traga questões psicológicas devido ao tratamento ou ao problema de saúde. Outra possibilidade de atuação é com os familiares do indivíduo enfermo, buscando apoiar em situações difíceis e acolhendo em casos de necessidade. O psicólogo hospitalar tem uma atuação diferente do psicólogo que atua em saúde mental, pois este atuará diretamente no setor de Psiquiatria, atuando com os pacientes de transtornos mentais no atendimento psicológico.

Psicologia Jurídica: Essa área tem diversas ramificações e o psicólogo pode atuar na área civil, criminal, trabalhista e judiciária, atuando como perito, em avaliações necessárias em processos jurídicos, atuando na saúde e bem estar de funcionários da área jurídica e dentro do sistema carcerário ou de recuperação juvenil com ações de recuperação e cuidado dos indivíduos nessa condição.  

 

A psicologia ainda atua no campo escolar, do esporte, social, do trânsito e muitas outras áreas. O psicólogo tem espaço para atuar onde existe questões humanas de desenvolvimento e relacionamento, dessa forma em todo os campos da psicologia se busca compreender e promover o desenvolvimento humano e a saúde mental.

Devido o reconhecimento da importância da saúde mental, a psicologia vem ampliando sua atuação, porém ainda existe preconceito com a busca e o cuidado psicológico, trazendo a necessidade de esclarecimento sobre a atuação do psicólogo e as questões psíquicas.

 

Psicóloga Camila Braga de Carvalho 
06/100375

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